Educação e crise do trabalho.
A situação da educação e da escola brasileira é um assunto muito polêmico, infelizmente a cada ano que passa, cada governo, cada direção de escola sempre pensam em mudanças, mas muitas vezes estas mudanças não acontecem, ou o que pensam em mudar nem sempre é o melhor para o desempenho do aluno. Muitos autores, inclusive Marx e Engels já há muitos anos pensavam coisas que acontecem atualmente na educação. Lendo o texto me chamou atenção que o autor abordou o tema se colocando na situação de um professor imaginário no ano de 2050. A filosofia da educação escolar brasileira passou por três momentos marcantes:
A escola brasileira republicana.
A escola brasileira populista e corporativa.
A escola brasileira do final do século, a difícil recuperação da qualidade.
A política educacional da primeira república foi criada um sistema insuficiente, insensível ao mundo do trabalho. O espírito de fazer de conta não é algo moralista, se preocupou muito com a mão de obra bruta, a inteligência e a criatividade não eram consideradas necessárias, pois uma escola moderna não tinha noções extrativistas. A moderna instituição ensina a ser cidadão. De fato abrem-se nessa época as portas da escola ao mundo do trabalho. O populismo político ensinou as massas trabalhadoras a freqüentar espaços públicos, manifestações, eleições, discussões. O populismo educacional ensinou ao povo o caminho da escola, onde se faz cultura, ensinar o caminho da escola não é ainda oferecer uma boa escola.Isto é sentido nas escolas, falta material pedagógico e até pessoas qualificadas para atuar nas escolas. As aspirações populares para uma melhor formação profissional técnica e humanista foram atendidas através de pacotes escolares noturnos. A dupla jornada de trabalho, a do estudo e a do emprego, menos tempo livre para o trabalhador, cultura de baixa qualidade, diploma desvalorizado, professores desmotivados, tudo isso não parece tão importante na política educacional.
Neste final de século espera-se que o sistema educacional respire ares administrativos mais oxigenados pelas melhores instâncias regionais e locais, fortes e organizadas. Esta preocupação está presente na nova LDB. Aprendemos de Marx que o mundo da filosofia é determinado pelo mundo do real. Mas os dois mundos não se relacionam sempre de forma idêntica. De fato, não é fácil produzir um pensamento original que traduza o momento específico da realidade brasileira.